O candidato à Presidência nas eleições 2018 Geraldo Alckmin chega à votação em primeiro turno com o pior índice de intenção de votos obtido por um tucano em São Paulo – reduto histórico do PSDB e maior colégio eleitoral do País – desde 2006, ano em que ele próprio foi o candidato do partido ao Planalto.

Nascido em Pindamonhangaba, no interior, Alckmin governou o Estado quatro vezes e, apesar de ter deixado o Palácio dos Bandeirantes com 36% de aprovação, em abril deste ano, só tem 16% da preferência entre os paulistas.

Segundo analistas, o resultado no Estado tem significativa influência no baixo desempenho de Alckmin no cenário nacional – ele continua em quarto lugar nas pesquisas, com 7% das intenções de voto.

Segundo a mais recente sondagem Ibope/Estado/TV Globo, divulgada nesta quarta-feira, 3, Jair Bolsonaro (PSL) tem 32%, Fernando Haddad soma 23% e Ciro Gomes (PDT), 10%. Em São Paulo, Alckmin tem apenas um ponto a mais que o candidato petista, e metade das intenções de voto em Bolsonaro.

Levantamento feito pelo Estado mostra que, até esta eleição, o menor porcentual de apoio de um candidato à Presidência pelo PSDB entre os paulistas tinha sido registrado por Aécio Neves, em 2014. Pesquisa Ibope de 1.º de outubro daquele ano – divulgada quatro dias antes do primeiro turno –, dava a ele 22% dos votos em São Paulo. Patamar que dobrou no dia da eleição, chegando a 44% dos votos válidos – com isso ele foi para o segundo turno com a então presidente Dilma Rousseff.

Quando a comparação se dá com o próprio Alckmin – candidato tucano ao Planalto em 2006–, a diferença fica maior: uma semana antes da eleição, ele já tinha 42% da preferência em São Paulo e na data do primeiro turno alcançou 54%, a maior vitória até agora de um tucano no Estado.

Estadão