Um enorme bolo adentrou o plenário da Câmara de Vereadores ontem(19) para comemorar o aniversário da promessa do prefeito Joaquim Neto de construção de um Hospital Maternidade no município. Nesse meio tempo, afirmam os opositores, o prefeito também quis tomar a paternidade do projeto do Hospital do Câncer da Santa Casa de Misericórdia. A iniciativa para marcar a data da promessa teve como promotores os vereadores de oposição Luciano Almeida, Luciano Sérgio, Thor de Ninha e Anderson Baqueiro. O líder da oposição, Caio Ramos, estranhamente, não quis fazer parte do bem humorado protesto, posou de isento. Ramos jura de pé junto fidelidade a Paulo Cezar, mas, nos bastidores, informações dão conta de que está prestes a vestir a camisa do joaquinismo.
O líder do governo não se pronunciou, mas Gustavo Carmo, secretário de Governo e Comunicação, a exemplo do que Joaquim tinha feito dias antes com Paulo Azi, defendeu a atual gestão atacando a oposição. Numa intervenção durante o programa Primeira Mão, que repercutiu o assunto na manhã de hoje(20), Gustavo disse que a manifestação dos vereadores foi uma piada, pois nem o PT, nem Paulo Cezar tiveram a coragem de tocar as obras da UPA, que só agora está sendo entregue. Caio Pimenta, comentarista do programa Primeira Mão, considerou as declarações fortes e afirmou que esse estilo de Gustavo lhe trouxe dificuldades na interlocução com a Câmara de Vereadores, enquanto secretário de governo. Gustavo insistiu, mais uma vez, em enfatizar um desejado protagonismo da Prefeitura com relação ao hospital do câncer, postura que é motivo de muita polêmica e irritação na oposição.
A brincadeira dos vereadores pode jogar água no chope da Prefeitura que programou um gran-finale de ano com a entrega das obras na avenida Rio Branco, na Praça Kenedy, onde será a festa, de ruas no Petrolar e anúncios de inaugurações de duas unidades de saúde em bairros, além de ostentar a reforma da Biblioteca Municipal.
Na performance dos vereadores, vários trechos de entrevistas de Joaquim, realizando a promessa foram reproduzidas durante o ato. Finalmente a Câmara mostra o posicionamento contra o hábito de se prometer o que não se pode cumprir, exigindo seriedade com a população que trabalha para pagar os impostos e são tratados, muitas vezes, como a figura menor da política, quando, na realidade, o povo é o único soberano quando se fala em gestão pública.
Por Paulo Dias com a colaboração de Caio Pimenta para o News Infoco