Haroldo Azi, em seu comentário para o programa Primeira Mão, desta segunda-feira, 03, tocou naqueles pontos que viram tabu por ser uma coisa que antigamente se chamava de “briga de branco”. O comunicador deixou a empresa Cidade Sol, que faz a linha Alagoinhas/Salvador, sem qualquer possibilidade de argumento.

Hoje a viagem no ônibus executivo passou a durar 3h, quando se passou décadas se percorrendo o trecho em 2h cravadas, sem pressa. Mas Azi fez uma comparação ainda mais avassaladora. O trem Marta Rocha saía da Calçada, dentro de Salvador e chegava na praça Graciliano de Freitas, em Alagoinhas, em 1h50min, há 60 anos. Isso mostra para a bancada do programa Primeira Mão que Alagoinhas não tem mais liderança política, está entregue ao léu. Esse argumento também serve para lutarmos pela volta dos trens de passageiros. Realmente, estão faltando homens e mulheres de visão no campo da representatividade popular.

Quando Antonio Pena era vivo, o ônibus comercial fazia essa viagem em 2h, máquinas que não possuíam a tecnologia que se tem hoje e o expresso da época, raro, fazia em 1h50 min como o Marta Rocha. E as estradas eram péssimas comparadas com as de hoje em dia. Neste último sábado,01, pela manhã, a empresa que explora a linha colocou dois ônibus convencionais(comerciais) antes das 7h e depois um outro às 11h, passando em Pojuca, este fritou os passageiros durante mais de 3h. De a 7h até 11h só rodou expresso, coincidentemente domingo era festa de Yemanjá em Salvador. A empresa de ônibus não é capaz de compartilhar um sinal de wi-fi no convencional e no expresso disponibiliza o agrado, mas o serviço é precário. Alagoinhas virou “casa de joca”.

Ouça o comentário de Haroldo Azi para o programa Primeira Mão:

¹O trem Marta Rocha fazia o trajeto Salvador/Alagoinhas em 1h50min e não em 1h30min como havia sido colocado. O texto já foi corrigido.

Por Paulo Dias para o News Infoco