O coordenador do Sindicato dos Professores e Profissionais da Educação da Bahia, APLB- sindical, Rui Oliveira, nesta segunda-feira, 24, informou que entrará com uma ação junto do Superior Tribunal Federal- STF – para invalidar a Reforma de Previdência dos Funcionários do Governo do Estado da Bahia. Rui Oliveira também assegurou que uma assembleia da categoria deve ocorrer nos próximos dias com indicativo de greve. Para o comentarista do Programa Primeira Mão, Caio Pimenta, a APLB foi apática durante a tramitação do projeto de mudança do regime previdenciário na Assembleia Legislativa. A desmobilização também foi geral com relação ao sindicalismo vinculado ao funcionalismo público como um todo. Se limitaram a causar desordem no dia da votação da proposta, com arma sendo sacada contra deputados.
Na realidade, se o objetivo era barrar uma medida tão prejudicial assim à categoria, o movimento deveria ir as últimas consequências, que seria a greve. Pode-se alegar que a votação ocorreu no período de férias escolares, contudo o restante do funcionalismo estava na ativa. Os professores poderiam marcar uma passeata ou uma ocupação, mas nada disso foi tentado. Quem sabe se o governador fosse de direita, a militância teria se insurgido com mais vigor ou com todo seu ímpeto revolucionário. Uma suposta conivência da APLB com o governo petista é comentada amplamente, portanto, uma ação no STF só terá efeito de amenizar esse tipo de suspeição, segundo Caio Pimenta. Ele não percebe também qualquer ânimo para greve, sente, na realidade, um verdadeiro temor à truculência de Rui Costa, de terem seu dia de trabalho cortado e de fazer reposição de aulas aos sábados e em parte das férias. Como a APLB não transmite segurança, os professores temem entrar em uma luta vã, com grandes prejuízos pessoais. Talvez a melhor manifestação para os professores seja o voto, pior é que grande parte tem votado com o PT, não se pode querer resultados diferentes quando a prática continua igual.
Por Paulo Dias para o News Infoco