O documentário americano “Red Pill”, realizado por uma feminista, Cassie Jaye, desmonta o mito de que as mulheres ainda são oprimidas por uma sociedade patriarcal branca, que é a tese básica do movimento feminista atual. Ocorre que o feminismo tomou uma preponderância inimaginável a ponto de ser concebido como o único caminho para se lutar pelos direitos das mulheres, quando na realidade, ele se tornou, nos últimos tempos, uma narrativa injusta e baseada em dados manipulados, mitos e algumas mentiras. O velho jogo de soma zero por fim aconteceu e ele está no momento a todo vapor, mulheres estão conquistando privilégios e os homens acumulando perdas.
Existia um passado de restrição de liberdade para as mulheres e em nome desse passado é que a luta por direitos que termina se convertendo em supremacia simbólica, o documentário deixa isso muito claro. O grande mito derrubado por esse filme é o da violência doméstica. Estudos tanto nos EUA quanto no Brasil mostram que as estatísticas são vergonhosamente manipuladas para forjar uma imagem negativa dos homens e construir uma imagem hiper positiva das mulheres. A verdade é que mulheres matam homens e homens matam mulheres na mesma proporção. Em 2014, no Brasil, as mulheres mataram mais homens, inclusive, 1902 mulheres foram mortas por seus companheiros. E, pasmem, 3292 homens foram mortos por suas companheiras, segundo dados da pesquisadora Thais Azevedo(https://www.youtube.com/watch?v=Y5Urv7HL52I). O espancamento masculino é mais danoso por o homem ter maior força física, mas não quer dizer que mulher não cometa esse tipo de delito. Outro ponto, na prática é difícil saber quem agride mais quem verbalmente e psicologicamente.
O incrível é que a grande imprensa não quer saber das estatísticas verdadeiras. Toda imprensa comprou o discurso do mundo injusto para as mulheres e engrossam a corrente de emasculação dos homens e desumanização do sexo masculino. Estatísticas provam que casais gays femininos são tão violentos quanto os casais heteros, mas isso não é revelado, porque o que interessa é vincular a violência e a intolerância ao homem e a paz e as virtudes às mulheres. Está claro que o feminismo está se tornando dominante e as mulheres adquirindo posição vantajosa e confortável, formando uma sociedade misândrica, porque isso interessa ao discurso de esquerda e aos partidos progressistas frente aos partidos conservadores. O homem está se tornando cada vez mais descartáveis e desumanizados. O mais interessante é que mulheres já começam a abandonar o feminismo e a militar em prol do direito dos homens ou da perda de direito dos homens. Estão percebendo que os homens estão assumindo a posição de bobocas nessa história.
A prova mais clara da existência de uma máscara perversa(caricatura) colocada nos homens é o esvaziamento da figura paterna na família. O pai se tornou aquele que paga a fatura do cartão de crédito. E a regra de ouro do feminismo, “meu corpo, minhas regras” é um descarado convite ao adultério. E o feminismo ainda quer mais, mudar as regras da igreja católica, fazendo pressão sobre um Papa simpático à esquerda. Essa contestação ao feminismo, desmontando seu discurso, põe também por terra a manipulação histórica mais grosseira que já houve. O trabalho doméstico sempre foi historicamente um privilégio em épocas remotas, quando as atividades fora de casa eram perigosas. A mulher só se anima a sair de casa quando a tecnologia avança e as agruras do trabalho diminuem. Historicamente, também, o mundo do conhecimento não era nada atraente, era uma função quase monástica. Sócrates era um sem teto e morreu, como outros intelectuais, por desafiar os dogmas religiosos. O que hoje se interpreta como machismo foi historicamente um privilégio dos homens concedido às mulheres. A mesma lógica dos campos de batalha e dos naufrágios: “mulheres e crianças primeiro”. O homem construiu a sociedade e quando ela se tornou um lugar menos perigoso, as mulheres quiseram seu espaço social, mas criando uma face negativa para o homem. O interessante que as principais conquistas femininas foram asseguradas pelo voto dos homens, quando sequer havia movimento feminista organizado e teoria de gênero. O feminismo faz questão de vilanizar a história, o papel e a imagem do homem. Claro que houve e há machismo, o sentimento de posse do homem com relação as mulheres e que deve ser combatido, mas que se faça por meios corretos, emancipando homens e mulheres das injustiças.
A modernidade, construída pelos homens, tem se tornado aos poucos mais vantajosa para as mulheres que para os homens. A responsabilidade pelo sustento da família ainda é moralmente dos homens, por isso cada vez mais homens desistem dos estudos e a maior parte do trabalho braçal e perigoso fica por conta deles. Vejam alguns dados que mostram que a sociedade se tornou mais hostil para os homens: Mais de 90% das mortes em trabalho é de homens, a maioria dos desempregados e dependentes de drogas são homens, as penas carcerárias são 63% mais longas para os homens, eles abandonam mais os estudos também. São tratados como culpados em crimes de abuso sexual ainda na fase de investigação, se a denúncia for caluniosa tem suas vidas destruídas, mesmo assim, e a mulher que o denunciou não sofre qualquer sansão. É alarmante o número de atribuições de falsa paternidade.
Homens conseguem apenas 20% da guarda dos filhos, sofrem de mais problemas de saúde e tem estimativa de vida menor. São instigados a serem os machos provedores e acusados porque cumprem essa imposição cultural há anos e assim conseguem melhores salários. Estudos também já comprovam que os homens têm predisposição hormonal para certas profissões e que isso implica também na diferença salarial além do mérito. Claro que existem distorções machistas, mas já chama a atenção a inversão desse quadro. Por outro lado, as mulheres usam mais o casamento como forma de ascensão social e de status que os homens. Interessante que os partidos de esquerda, que tanto defendem o feminismo, não promovem o protagonismo das mulheres politicamente, são redutos machistas. Defendem o feminismo, não as mulheres, porque o discurso lhes interesse para se opor aos conservadores, só isso.
Paulo Dias é jornalista, graduado pela UFBA, especializado em Pedagogia e mestre em Cultura e Literatura pela UNEB. Tem passagens por vários jornais e assessorias de comunicação em Alagoinhas e Salvador. Atualmente escreve para o site News Infoco