Em coletiva à imprensa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (17) que negociaria diretamente as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No entanto, isso só seria possível por dois motivos: primeiro, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desse um “sinal positivo” e segundo, devido ao seu passaporte, que foi apreendido na Polícia Federal (PF), fosse liberado.
“Se o Lula sinalizar para mim, eu sei que não é ele que vai dar o passaporte, eu negocio com o Trump. (…) Quem não vai conversar vai pagar um preço alto”, declarou Bolsonaro. A fala de Bolsonaro ocorre em meio ao anúncio de medidas adotadas por Donald Trump, que podem impactar exportações brasileiras.
Em relação ao passaporte, o documento do ex-chefe do Palácio do Planato foi apreendido em fevereiro de 2024, no âmbito da operação que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Documento apreendido desde 2024
A decisão do ministro Alexandre de Moraes de reter o passaporte de Jair Bolsonaro (PL) foi acompanhada pelos demais magistrados que integram a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, o STF também proibiu o ex-presidente de ter contato com investigados.
As restrições foram determinadas nas investigações que apuram a suposta tentava de golpe de Estado no país e a venda irregular de joias recebidas pelo ex-presidente em viagens internacionais. Na decisão, Moraes entendeu que as investigações da Polícia Federal (PF) estão em curso e que, por essa razão, nada justificaria permitir que Bolsonaro deixasse o país.
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