O ano de 2025 deve se tornar o segundo ou terceiro mais quente já registrado na história da humanidade, potencialmente superado apenas pelos indíces recordes de calor de 2024, é o que informa o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia, em relatório divulgado nesta terça-feira. As informações são do portal InfoMoney e da agência britânica Reuters.

Os dados são os mais recentes do C3S após a cúpula climática COP30 do mês passado, em que os governos não conseguiram chegar a um acordo sobre novas medidas substanciais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, refletindo a geopolítica tensa, no momento em que os Estados Unidos estão revertendo seus esforços e alguns países procuram enfraquecer as medidas de corte de CO2.

2025 também deve ser o ano em que se encerra o primeiro período de três anos em que a temperatura média global ultrapassou 1,5 grau Celsius acima do período pré-industrial de 1850-1900, quando os seres humanos começaram a queimar combustíveis fósseis em escala industrial, disse o C3S em um boletim mensal.

“Esses marcos não são abstratos — eles refletem o ritmo acelerado da mudança climática”, afirmou Samantha Burgess, líder estratégica para o clima no C3S.

Embora os padrões climáticos naturais signifiquem que as temperaturas devem flutuar ano a ano, os cientistas documentaram uma clara tendência de aquecimento das temperaturas ao longo do tempo e confirmaram que a principal causa desse aquecimento são as emissões de gases de efeito-estufa provenientes da queima de combustíveis fósseis.

Os últimos 10 anos foram os 10 anos mais quentes desde o início dos registros, informou a Organização Meteorológica Mundial neste ano.

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