Com nova plataforma, Ford planeja conquistar seu lugar no mercado de drones

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Ford anunciou na sexta-feira (9/3) a criação de um grupo de pesquisa para o desenvolvimento de uma plataforma para integração entre carros e drones. A equipe, sediada no laboratório de inovação de Palo Alto, no Vale do Silício, nos EUA, trabalha em uma plataforma customizável que permite testar diferentes configurações do equipamento, seja para uso como hobby ou ferramenta de trabalho.

A plataforma modular contém os recursos básicos exigidos em um drone, como controlador de voo, computador de bordo e fator de forma parametrizado. Com ela, pesquisadores podem testar novos conceitos de formato, distribuição de peso, materiais, estrutura e interface do usuário sem precisar partir do zero. O objetivo é, no futuro, torná-la uma plataforma de código aberto para que outros possam usá-la.

John Luo, gerente de Pesquisa de Integração de Tecnologias Emergentes da Ford, comenta que pode parecer estranho uma empresa de automóveis ajudar a criar as bases para os drones, mas companhia acredita que há muito potencial a explorar nessa área.

Somente nos EUA, por exemplo, segundo a Administração Federal de Aviação (FAA), o número de drones deve crescer de 1,9 milhão para 4,3 milhões em 2020, sem contar os modelos usados para fins comerciais, que devem triplicar no mesmo período e elevar o total para 7 milhões.

“As pessoas estão usando drones de formas fascinantes: para monitorar plantações, gerenciamento de desastres, inspeção de edifícios e obras. Nossos clientes estão começando a pensar nos drones como ferramentas de trabalho e promovendo sua integração aos carros podemos otimizar o seu potencial de aplicação no transporte, seja de bens, serviços e mesmo pessoas”, completa o pesquisador.

Regulamentação

Um grande obstáculo para os drones se tornarem ferramentas de trabalho verdadeiramente eficientes é a definição das normas legais, incluindo o voo sobre pessoas e fora do campo visual. A Ford afirma ser a única fabricante de automóveis a fazer parte do Comitê Regulador de Aviação da FAA, que está desenvolvendo essas normas nos EUA.

Recentemente, a companhia recomendou em uma comissão da FAA um modo de identificar e rastrear drones durante o voo, que requer pouca ou nenhuma modificação nos modelos existentes. Essa solução aproveita o código de 10 dígitos que a FAA fornece a quem registra seu drone, que deve estar impresso de forma legível em algum lugar do dispositivo. 

O sistema proposto pela Ford, com patente requerida, aproveita as luzes anticolisão que vários drones usam em operação noturna para transmitir o código de 10 dígitos em código binário ASCII.

 

Fonte:Idgnow