A equipe econômica da prefeitura de Alagoinhas apresentou novas medidas para tentar solucionar o problema do transporte público no municipio. Essas medidas foram expostas durante a Audiência Pública convocada pelo líder do Governo na Câmara, vereador Anderson Baqueiro(UB), na Casa Legislativa.
Ao lado do sub-procurador do municipio, Dr. Hilton Ribeiro, e representantes da SMTT, a secretária municipal da fazenda, Roseane Conceição, anunciou que já neste mês de dezembro a prefeitura deve injetar cerca de R$ 500 mil no sistema de transporte público municipal, referente a valores do auxilio transporte até então pagos em pecúnia ao funcionalismo.
A medida visa conter a diferença entre a tarifa técnica( valor do custo real do serviço) hoje estimado em R$ 6,15 e a tarifa pública(valor decretada pela prefeitura) que hoje é de R$ 3,90. O subfinanciamento do sistema é apontado como o principal causador dos problemas existentes no transporte coletivo, são eles: falta de ônibus em diversas localidades, atraso de horários, frota de ônibus sucateada e dificuldades da empresa concessionária em honrar compromissos com seus funcionários. Sem alguma forma de compensação da diferença entre a tarifa técnica estimada e a tarifa pública praticada, corre-se o risco de, em pouco tempo, Alagoinhas ficar sem o serviço.
O vereador Anderson Baqueiro, que já chegou a comandar a SMTT por vários anos, também sugeriu que fosse incluido na Lei Orçamentária Anual de 2023, que ainda será votada pela Câmara, um valor especifico para subsidio do transporte público, que poderia ser utilizado como forma de compensar as gratuidades hoje suportados pelo sistema.
Segundo dados de uma consultoria contratada pela SMTT, hoje o sistema transporta por mês, em média, 107 mil passageiros/não pagantes. Ao mesmo tempo que transporta, em média, 294 mil passageiros equivalentes/mês(número extraído da divisão do valor da receita mensal da empresa pelo valor da tarifa). Os números são bem abaixo daqueles registrados em 2019, antes da pandemia, onde o sistema transportava em média 500 mil passageiros mês.
Atualmente todo o custo das gratuidades recai sobre a tarifa paga pelo usuário pagante. Com a injeção de recursos públicos no sistema, abre-se a possibilidade de haver investimentos na renovação e aumento de frota e também na redução da tarifa para o usuário pagante.
Por Caio Pimenta para o News Infoco