No Nordeste, mais de 70% dos municípios não dispõem de Aterro Sanitário

0
35

Os lixões ainda são o principal destino dos resíduos sólidos no Brasil. Isso é o que aponta a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) 2023 – Suplemento de Saneamento, divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a pesquisa, que analisou a gestão do saneamento básico no país, 31,9% dos municípios brasileiros ainda utilizam os lixões. O Norte é a região com maior quantidade de cidades que destinam resíduos para esses locais, com 73,8%.

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os municípios com população superior a 50.001 habitantes deveriam implementar disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos e dar fim aos lixões até agosto de 2023. Entretanto, 21,5% desses municípios ainda contava com lixões como unidade de disposição final dos resíduos sólidos.

Outro ponto destacado pela pesquisa é que a coleta seletiva ainda não é universalizada no país e há grandes diferenças regionais com relação ao serviço.

A pesquisa diferencia os três principais tipos de destinação final dos resíduos sólidos como sendo:

Apesar da coleta ser regulamentada também pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, apenas 60,5% dos municípios com algum serviço em manejo de resíduos sólidos possuem coleta seletiva.

E a porcetangem varia muito quando é feito o recorte regional. A região Sul, por exemplo, lidera como a que possui o maior número de municípios com coleta, com 81,9%. Já no Nordeste, a porcentagem não passa de 33,5%.

De acordo com o instituto, o panorama reflete os desafios enfrentados por municípios pequenos para implementar e garantir a coleta seletiva, serviço que exige infraestrutura, recursos e políticas públicas mais robustas.

A análise também apresenta as formas e agentes envolvidos na coleta seletiva nos municípios.

Na coleta porta a porta, por exemplo, chama atenção a participação dos catadores informais: em 42,5% dos municípios a coleta foi feita por esses agentes – ficando por pouco atrás do poder público municipal, com 48,6%.

G1