Vivendo entre quatro cidades, administrando um hospital e uma rede de clínicas populares, realizando tambem mutirões filantrópicos, o veterinário Lucas Gomes mostra seu amor aos animais. Para falar de cuidados com esses amigos dos homens e das mulheres, ele esteve no programa Primeira Mão, nesta terça-feira 10.

Para Lucas Gomes a pandemia do coronavírus não alterou a rotina com relação ao atendimento veterinário. O contato das crianças com seus bichos de estimação é sempre próximo e mesmo que tenha se estendido nesse período não aumentou o risco de contágios com a doença.

Gomes recomendou cuidados como não levar seu cão ou gato para o quarto de dormir, nem ficar com eles por muito tempo nos braços e no colo, pois podem transmitir dermatites e passar parasitas como a giárdia. Ele também alertou para o risco de toxoplasmose. causada por um protozoário. A leptospirose e leishmaniose, o calazar, por outro lado, são doenças propensas a afetar os animais de estimação. Deve-se tomar cuidado para que ratos não infectem a água e os alimentos e usar repelentes para evitar a picada de mosquitos, transmissor do calazar, lembrando que são doenças que podem ser fatais.

O veterinário tambem falou sobre castração animal. Ele considera a castração um ato de amor, pois evita a gestação de animais sem as condições de serem cuidados, como também o uso de anticoncepcionais, geradores de câncer de mama e de colo de útero. Ele procura combater ainda o comportamento machista de rejeitar a castração do macho, submetendo a fêmea a esses riscos. Melhor se fazer a castração entre o primeiro e o segundo cio, justamente para evitar essas consequências, adverte.

Ao falar sobre a onda de envenenamentos de animais ocorridas seguidamente na cidade, ele simplesmente disse que esse é um crime previsto na lei ambiental com pena de 3 meses a um ano de reclusão e multa. Ele recomenda para salvar o animal, nesses casos, administrar 10 ml de água oxigenada misturada a 10 ml de água e fazer com que a vítima absorva por via oral lentamente o preparo. Depois, basta levar para o veterinário com grandes chances de salvar a vida em risco. Gomes também alertou para o hábito perigoso de deixar os cães com fome para se tornarem mais agressivos quando exercem a função de guarda. Para ele, isso só aumenta as chances deles serem envenenados com a conhecida “bola”. O ideal seria alimentar o cão em pequenas porções durante todo o dia.

Veja na integra a entrevista do veterinario Lucas Gomes ao programa Primeira Mao:

Por Paulo Dias para o News Infoco