O trabalho em conjunto com a 2ª Coordenadoria de Polícia Civil, sob o comando de Fábio Santos, e juntamente com Departamento de Polícia do Interior e de Polícia Metropolitana, com a colaboração das instituições judiciais de defesa social e com participação da sociedade, tem rendido frutos na redução da criminalidade em Catu. No programa Primeira Mão, da ràdio Ouro Negro 100.5 FM, dessa quarta-feira, 4,  o delegado Henrique Moraes mostrou uma estatística que faz parte da sua própria experiência. Quando chegou ao município em 2015 tinha ocorrido oito homicídios no mês anterior, esse ano, depois de oito meses. só ocorreram seis casos de morte violenta.

Esse é o número considerado relativamente baixo para uma cidade de 60 mil habitantes com uma grande população flutuante, ligada às empresas de petróleo e aos trabalhadores que lá atuam, vindo de outras cidades diariamente. O município ainda é cortado por uma rodovia federal de grande movimentação.

Como em outros lugares, o tráfico de drogas, segundo Henrique Moraes, tem provocado uma constante agregação da juventude ao mundo do crime, se destacando em Catu, os bairros da Ramela e da Baixa da Paz, justamente por não contarem com a presença mais efetiva do poder público. Henrique defende que ações sociais devem fazer parte de um programa de segurança pública, não se restringindo apenas ao combate repressor ou mesmo preventivo das forças policiais.

Como exemplo do trabalho de unificação de vários segmentos da polícia e da sociedade, ele cita uma operação recente em um conjunto habitacional que prendeu seis suspeitos de tráfico de drogas e apreendeu uma grande quantidade de entorpecentes e três armas, entre elas uma submetralhadora.

Chico Reis, comentarista do programa, perguntou se a pandemia tem afetado esse esforço de organização coletiva. Henrique considera que planejar faz parte da ação investigativa da polícia civil e ela é imprescindível para não causar danos a sociedade, levando efeitos adversos para população que vive dentro das margens da lei. Ele, por sua experiência, tem a certeza que 95% ou mais das pessoas que moram em regiões de grande incidência de crimes são honestas e trabalhadoras.

Veja na integra a entrevista do delegado Henrique Moraes ao programa Primeira Mao:

Por Paulo Dias para o News Infoco