Um dia depois de o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgar uma carta nas redes sociais na qual voltou a defender uma união de candidatos à Presidência contra aqueles que apostam em “soluções extremas”, o ex-governador Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB nas eleições 2018, elogiou a iniciativa, mas disse que não pretende procurar seus adversários.

Enquanto FHC fala em unificar o centro, a campanha de Alckmin reforçou a narrativa do voto útil e passou a pregar que Marina Silva (Rede), Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) não tem viabilidade eleitoral.

Em um comercial de rádio da coligação do PSDB exibido nos últimos dias, a senadora Ana Amélia (PP-RS), candidata a vice de Alckmin, fez um apelo aos eleitores. “O que é o voto útil? É você apostar em um candidato que tenha viabilidade. Junte aqueles que não conseguiram deslanchar até agora e coloque naquele que pode representar melhor a opção correta para impedir a radicalização que leve o País ao caos. Todos aqueles candidatos que estão no finalzinho das pesquisas, com 3%, 2% ou 1%, demonstraram que não conseguiram vencer etapas importantes. Voto útil é Geraldo agora”, disse a senadora.

Em seguida, um jingle em ritmo sertanejo aponta nominalmente os adversários do tucano. “Marina, Meirelles, Amoêdo e Alvaro tem o seu valor, mas fique ligado na situação. Com Bolsonaro e Haddad não tem opção”. Segundo a campanha de Alckmin, o movimento que tenta unificar o centro não partiu do comitê tucano.

Os aliados mais próximos do ex-governador não acreditam que os adversários desistirão no primeiro turno, e por isso deflagraram a ofensiva apelando diretamente pelo voto útil.

Estadao